Será que existe alguma característica que não pode faltar a vida daquele que deseja servir ao Senhor com fidelidade? Descubra mais sobre a importância do caráter no estudo de hoje!
Vamos conversar sobre vocação?
Quando nós olhamos para o livro de Atos dos Apóstolos, sobretudo para o capítulo 2, nós encontramos o que se chama Pentecostes, o momento em que o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja do Senhor, a comissionando para a obra a qual o Senhor havia designado.
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Após esse evento que capacitou a igreja para a proclamação do evangelho, muitas pessoas passaram a agregar-se à nova igreja do Senhor, que naquele momento dava seus primeiros passos.
Por duas ocasiões em especial o apóstolo Pedro teve a oportunidade de pregar dois sermões públicos. Após a entrega desses sermões, o Senhor fez com que cerca de 5 mil homens somassem à igreja, o que trouxe para os apóstolos uma situação interessante, uma verdadeira demanda.
O surgimento dos diáconos na Bíblia
No livro atos capítulo 6, Lucas nos conta que com a chegada dessas pessoas os apóstolos tinham que cuidar de muito mais gente, de modo que isso trouxe um sério problema logístico à igreja.
Os apóstolos tinham a preocupação de cuidar dos mais pobres, sobretudo das viúvas. Mesmo com essa preocupação premente, muitas viúvas ficaram sem a devida acolhida, sobretudo aquelas de ascendência grega.
Quanto mais os apóstolos se dedicavam para tentar cuidar dessas pessoas, mais demanda surgia, de modo que eles perceberam que algo não estava saindo muito bem.
Então foi sugerido para aquela nova comunidade que os discípulos escolhessem sete homens que teriam a preocupação de cuidar dessas situações específicas, enquanto o colégio apostólico se dedicaria à oração e à exposição pública das escrituras.
3 características essenciais aos diáconos da igreja
O que de fato me chama a atenção é a lista de características que os apostos sugeriram para que aquela comunidade tivesse condições de aferir quais seriam os homens ideais para servirem na condição de diáconos, que seria justamente a função a específica para se cuidar daquelas pessoas que estavam surgindo.
A lista possui três características: aqueles homens precisavam ser homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e precisavam ser homens de sabedoria.
É justamente essa primeira característica que eu gostaria de pensar hoje. Eles precisavam ser homens de boa reputação.
A qualidade que não pode faltar aos servos de Deus: boa reputação
A partir disso eu gostaria de responder àquela pergunta inicial: sim, existe uma qualidade que não pode faltar à vida daqueles que querem de fato servir ao Senhor com fidelidade. Estas pessoas precisam ser pessoas de boa reputação, pessoas de caráter.
Portanto, os líderes da igreja, a comunidade cristã daquele primeiro século, com a oportunidade de ordenar os primeiros diáconos, precisavam pinçar essa característica em indispensável. Os primeiros diáconos precisavam ser homens de boa reputação, homens de caráter.
Alguns anos depois, quando o apóstolo Paulo estava escrevendo as suas chamadas epístolas pastorais, ele também precisou tecer uma lista de características que deveriam nortear a escolha dos novos líderes que estavam surgindo nesse contexto.
Em 1 Timóteo 3 nós observamos essa preocupação. Ele sugere a Timóteo quais seriam as características que deveriam estar presentes no primeiro momento para os presbíteros e no segundo momento para os diáconos.
Mas quando ele se refere aos presbíteros ele diz algo interessante
“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar” – 1 Timóteo 3:1,2
Você percebe que Paulo está listando características para Timóteo, e a primeira característica que ele elenca é justamente a característica do caráter, da irrepreensibilidade, da boa reputação. Os presbíteros precisavam ser homens irrepreensíveis.
Quando ele passa a tratar dos diáconos no versículo 8 do capítulo 3, ele diz assim:
“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância” – 1 Timóteo 3:8
Escrevendo a Tito, a preocupação é a mesma: os presbíteros precisavam ser irrepreensíveis.
Deus está mais preocupado com o nosso caráter
Portanto, quando nós olhamos para estas listas de características ministeriais que deveriam nortear a escolha desses homens que somariam à liderança já constituída, o que nós aprendemos? Que Deus está muito mais preocupado com quem nós somos do que com aquilo que nós estamos fazendo.
Deus primeiro trabalho em nós, para só então trabalhar a partir de nós.
Logo eu concordo com o que o pastor Ronaldo Lidório diz. Ele assevera: “o caráter precede a missão, e uma alma vale mais que o mundo inteiro”.
Se existe algo que você deve privilegiar, é o seu caráter. Isso serve para você que está dando seus primeiros passos em direção à sua jornada ministerial, ou mesmo para você que já está inserido no ministério e vive suas experiências.
Cristãos em uma sociedade narcisista e hedonista
Inseridos na sociedade narcisista, hedonista, onde as pessoas estão muito mais preocupadas com aquilo que nós temos, do que necessariamente com aquilo que nós somos, nós precisamos privilegiar o nosso caráter.
Reputação x Caráter
Uma coisa é a reputação, aquilo que as pessoas muito festejam atualmente, outra coisa é caráter. John Jowett nos ensina muito bem a diferenciar reputação e caráter:
“Reputação é a fotografia, mas caráter é a face. Reputação tornará você rico ou pobre, mas caráter tornará você feliz ou infeliz. Reputação é aquilo que as pessoas dirão a cerca de você no dia do seu funeral, mas caráter é aquilo que os anjos têm dito a seu respeito perante o trono da glória de Deus.” – John Jowett
Privilegie seu caráter
Portanto, fica a dica para você que pensa acerca do tema vocação, para você que está aspirando o episcopado ou mesmo para você que está dando seus primeiros passos em direção a essa jornada: privilegie seu caráter. Deus conta com homens de bom testemunho, irrepreensíveis.
Deus abençoe!